terça-feira, 16 de março de 2010

Princeps

Quando o Arcanjo Miguel despertou pela primeira vez no Éden, ele se viu só, e caminhou por aquela terra de belezas, procurando um significado para sua existência. Em sua primeira noite, ele dormiu, sem saber qual era seu propósito, e em seus sonhos ele foi visitado pelos Guardiões. Os Guardiões avisaram a Miguel que ele havia sido o escolhido para guiar seus seis irmãos, que ele seria o líder do Éden, aquele que é como Deus. Miguel viu em sonho seus seis irmãos, e os procurou. Quando finalmente os reuniu, contou a eles que seu papel seria o de liderar.
Os descendentes de Miguel ainda se vêem como os líderes do Éden. Eles são o Clero conhecido como Princeps.
Os Princeps são políticos por natureza. Eles gostam de organizar, de gerar instituições, de negociar e, principalmente, liderar. Obviamente, não teriam mantido sua posição por tanto milhares de anos se não fossem competentes. Talvez na Terra os líderes sejam corruptos e mesquinhos, mas no Éden apenas os escolhidos nascem Celestiais, e apenas os melhores nascem
Princeps. Ou pelo menos é isso que os Princeps sustentam.
Os outros Cleros normalmente estão mais do que satisfeitos em aceitar a liderança dos Princeps. Veja bem, administrar um mundo como o Éden não é fácil, e alguém precisa fazer o trabalho duro. A maioria dos outros Cleros estão mais preocupados com suas tarefas do que ter de organizar tudo. E é aí que os Princeps se encaixam.
É óbvio, nem todos gostam de seguir os Princeps. É por isso que existem as Cortes. Os Princeps governam a Corte Ocidental, onde apenas os Sancti chegam a rivaliza-los. Mas nas demais Cortes, a influência Princeps é quase nula. Os Hun Xian não toleram os Princeps em sua Corte, e os Malaki estão mais preocupados com guerras e combates do que em seguir a líderes. Da mesma forma, os independentes vêem os Princeps como líderes, mas não como seus líderes. Apesar disso, o poder dos Princeps é considerável. A Corte Ocidental é a maior das cortes, e muitos dos Cleros independentes que não os seguem também não têm qualquer importância política no Éden.
Como os Princeps mantém sua liderança? É óbvio, um bom líder precisa ter carisma. E os Princeps têm carisma de sobra. Eles dão aos Celestiais o que os Celestiais querem, e agem com uma boa fé sempre. Raramente alguém precisa contestar a liderança de um Princeps, afinal, todos se mantém felizes sob o comando dele. Os Princeps não são ditadores nem reis, ao
invés disso, eles são verdadeiros exemplos a serem seguidos (ou, dizem as más línguas, pelo menos é o que os Princeps fazem parecer).
Infelizmente, liderança por vezes sobe à cabeça desses Celestiais. Muitos Princeps ficam orgulhosos demais, ou mesmo arrogantes, com o tempo. Eles também não gostam de se ser contestados ou de terem sua liderança ameaçada, e por vezes esquecem de seu código de conduta exemplar e começam a dar ordens. Isso por vezes atrapalha o Clero, mas
normalmente seus membros sempre dão a volta por cima, retomando seu lugar de direito e se mantendo no poder.
De fim a fim, os Princeps se mantém. O Éden tem uma história de mais de 50 milênios, e se mantém em pé graças aos Princeps... Mais uma vez, porém, as más línguas dizem que pelo menos é isso que os Princeps falam...
Apelidos: Filhos de Miguel
Primus: Miguel ainda comanda seu Clero, embora passe a maior parte do tempo ausente, vivendo no Castelo Firmamento. Ele por vezes visita Sancta Turrim, Libertatis e Prístina, e é uma figura ao mesmo tempo severa e carismática. Suas visitas quase sempre são informais, e ele surge apenas para visitar locais das cidades ou mesmo para se divertir (ele parece gostar muito de artes).
Corte: Os Princeps governam absolutos a Corte Ocidental, e nela está toda a sua base de poder. Alguns poucos Princeps são Malaki, que usam seu carisma para governar pequenos bandos de Celestiais guerreiros. Por outro lado, os Princeps não têm poder político entre os Malaki (embora tenham certa influência por trás dos panos entre os Venatores).
Na Corte Oriental, por outro lado, os Princeps não são bem-vindos. Os Hun Xian fazem o que podem para manter sua liderança sem disputas. Apesar de seus melhores esforços, porém, os Hun Xian não conseguem impedir que uns poucos Princeps adentrem na Corte Oriental, e os que o fazem detém uma influência forte na Corte.
Não há Princeps independentes, embora alguns acabem liderando grupos de Celestiais independentes.
Aparência: Não importa que aparência tenham, os Princeps são sempre majestosos e se portam de maneira elegante e inspiradora. Os Princeps são sempre belos, se vestem bem e têm uma presença forte. A maioria dos Princeps é caucasiano, e o número de mulheres entre eles tem crescido muito.
Asas: Princeps não têm asas no sentido comum da palavra. Eles têm, no lugar de asas, conjuntos de pares de tiras (normalmente de 5 a 8 pares), que saltam de suas costas. Essas tiras são muito compridas (às vezes tendo mais de seis metros de comprimento) e lembram tentáculos, e emitem um brilho forte e constante, dando a impressão que são raios de luz vibrante que saltam das costas do Celestial. Essas “asas” são extremamente flexíveis, e podem até mesmo se enrolar e agarrar objetos. Elas dão uma vantagem aos Princeps, que não precisam estar em locais amplos para abrir suas asas, graças à flexibilidade de suas asas.
Background: Muitos líderes carismáticos e homens religiosos tornam-se Princeps. Alguns Princeps nunca exerceram liderança em suas vidas passadas, mas tinham um talento inato para arrebanhar e conquistar a confiança das pessoas. Em contraste, alguns Princeps eram pessoas solitárias que lutavam por uma causa, e usam sua nova vida para liderar Celestiais rumo à conclusão dessa causa.
Organização: Os Princeps se organizam a partir de Miguel. Miguel separa os Serafins do Clero em pequenos grupos, chamados Conselhos, e cada Serafim possui comando sobre um Conselho de Querubins, que por sua vez cada um tem comando sobre um Conselho de Arcanjos Menores. Abaixo da Casta dos Arcanjos, porém, não há mais conselhos, e cada membro deve apenas respeito a um único Celestial de Coro superior, criando uma cadeia de comando que vai dos mais baixos Princeps aos Conselhos. Desta forma, todo o Clero está de alguma forma ligada aos Conselhos. Todo Princeps precisa manter seu superior informado. Quando um Princeps se eleva em Coro, um novo superior lhe é indicado, de forma que o superior esteja sempre um Coro acima do Celestial.
Criação de Personagem: Princeps podem ter qualquer Natureza. Quanto ao Comportamento, quase sempre eles possuem um Comportamento de líder. Os mais comuns são Diretor, Tradicionalista, Autocrata e Juiz. Atributos Sociais são mais prezados, mas os Princeps são encorajados a desenvolverem-se o máximo possível em todas as áreas. Entre as Habilidades, Perícias são preferidas, principalmente Etiqueta e Liderança. Dependendo do Celestial, Conhecimentos ou Talentos podem vir em seguida, dependendo de sua forma de liderar.
Para Antecedentes, todos os Princeps precisam ter pelo menos um ponto de Mentor (seu superior). É muito comum possuírem Aliados, Contatos, Influência, Identidade Mortal e Recursos.
Habilidades Sugeridas: Empatia, Intimidação, Manha, Lábia, Etiqueta, Liderança, Investigação, Lingüística, Política
Trilha de Pureza: Os Princeps preferem a Trilha da Santidade ou a Trilha da Honra. Sabe-se, porém, que todas as Trilhas têm seguidores entre os Princeps. A Trilha do Guerreiro, embora seguida com menos freqüência, é bem comum, visto que muitos Princeps lideram seus companheiros Celestiais em batalha.
Força de Vontade inicial: 4
Poder Exclusivo: Benção.
Embora os Princeps não precisem de ajuda sobrenatural para liderar, os poderes de Benção são mais um motivo para que os Celestiais sigam os Princeps. Benção é um poder que não beneficia apenas o Celestial, mas seus companheiros também.
O poder gera auras que podem beneficiar companheiros ou prejudicar inimigos. Além disso, algumas auras geradas tornam aqueles ao redor do Celestial mais favoráveis a aceitar suas ordens.
Poderes Comuns Preferidos: Domínio parece um talento natural para um Princeps, que se vêem no direito de comandar mortais em nome de um propósito maior. Fortificação também é muito valorizado, pois um líder de grande força física pode ser bem impressionante.

CITAÇÃO: "Lembrem-se: nossa causa não deve ser impedida por criaturas infernais malditas... mas também não podemos agir sem considerar as conseqüências... Sigam-me! Eu tenho um plano!".

ESTEREÓTIPOS

Cuique Suum: O papel deles se faz necessário, mas às vezes eles exageram sua própria importância.
Hun Xian/Wakizashi: Como eles ousam desafiar nosso direito à liderança? Bem, queiram ou não, a Corte Oriental precisa de nós. Eles podem não gostar, mas sabem que essa é a verdade.
Kage/Shinobi: Eles sabem o que deve ser feito. E mesmo que gostem de agir sozinhos e de parecer independentes, sabem o valor de ter uma boa liderança. Por mais que os Wakizashi não gostem, os Shinobi nos respeitam e sabem quando nós estamos certos.
Líberes: Rebeldes que não vêem o valor de um grupo unificado. Se agissem seguindo planos e em conjunto com outros Cleros, seriam muito mais eficientes.
Mors Sancta: Independentes demais. Sim, não conhecemos muito bem o propósito deles, mas se eles aparecessem mais, talvez pudéssemos aprender... e principalmente, poderíamos ajudar.
Primordiais: Todos os Cleros têm um propósito, uma missão... menos eles. Com raras exceções, não aceitam trabalhar em conjunto e sob o olhar de um líder... Uma pena... no fim, Lúcifer só nos deixou problemas.
Sancti: Eles seriam líderes quase tão capazes quanto nós, mas sabem que não é preciso haver competição, e que é melhor agir do nosso lado do que disputar. Uma disputa entre nós só enfraqueceria o Éden.
Spiritus Latro: Ainda tenho minhas dúvidas se os “ladrões de espíritos” foram ou não uma intriga de Lúcifer... ou se foram apenas vítimas inocentes de uma trama demoníaca... Bem, não importa mais. Eles se foram, e a verdade se foi com eles.
Superviventes: Eles são independentes demais, mas sabem que quando há necessidade, é preciso haver união.
Tecnoanjos: Eles gostam de agir sozinhos a maior parte do tempo. Mas são extremamente úteis quando resolvem se unir a um grupo. Os Tecnoanjos são grandes aliados nesta época moderna.
Venatores: Eles sabem o valor de ter uma liderança. Veja bem, um Venator solitário é eficaz... mas um Venator que age em conjunto com outros Celestiais, unidos pelos Princeps, é insuperável.
Veritatis Perquiratores: Eles costumam se manter distantes. De fato, um sábio não gosta que disturbem seu trabalho, e nós entendemos isso muito bem. Apesar disso, quando eles descobrem algo sério, vêm a nós para que possamos organizar a ação.
Xamãs: Eles só gostam da companhia de seus iguais, e acabam não nos tolerando. Quem sabe, um dia, não entendam que precisam de nós?

OUTROS

Anjos Caídos: Eles são um perigo. Nós, mais do que qualquer outro Clero, entendemos quanto estrago Lúcifer causou. Os tolos que seguem seu exemplo não são melhores do que ele.
Luciferite: Traidores da pior classe. Eles não merecem nada a não ser destruição.
Demônios: A línguas infernais são perigosas e enganadoras... Descubra onde os infernais se escondem, reuna aqueles que podem destrui-los, e lidere-os em nome de Ahura Ormazd. As trevas sempre devem sucumbir diante da luz.
Vermis Magnis: Apenas através de união podemos vencer o Grande Verme. Sem nós, os Celestiais não terão como vencer Vermis Magnis.
Outros Seres das Trevas: Eles entendem os caminhos secretos do mundo. Use-os a seu favor, mas cuidado: as crias das trevas podem ser extremamente perigosas.


Anjo: A Salvação - Tiago José Galvão Moreira

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